Nota
Lamentamos
muito pela morte de Santiago Andrade e por todas as outras vítimas
do Estado totalitário mercantil.
Santiago
era CÂMERA e não "cinegrafista" como romantiza agora a
grande mídia. Ele sempre foi aquele operário invisível que
produzia calado e que muitos sequer sabiam que existia. Santiago era
a base de uma pirâmide hierárquica cujo topo concentra os
beneficiários dos grandes blocos de comunicação do Brasil.
A meio
caminho do topo desta pirâmide, um exército de repórteres
precariamente remunerados precisa falar, escrever, reportar e
pesquisar de forma a atender os anseios dos donos da comunicação.
Para subir um degrau nesta pirâmide é preciso cuidado na fala.
Trata-se de uma censura tácita que abala a credibilidade da
imprensa, onde já não é mais possível distinguir a notícia real
da propaganda estatal e mega-corporativa. Enfim, o corpo inerte de
Santiago será usado para beneficiar exatamente os mesmos de sempre -
os concentradores de informação, de renda e de poder - e a culpa
será do povo, de novo...
Diante ao
terrorismo do Estado Totalitário brasileiro pela falaciosa “ordem”,
onde mega-corporações ditam a democracia, nós, trabalhadores
servis, desempregados e solidários à classe explorada, que geramos
riquezas para o país sem receber minimamente o que nos é direito,
para além de falsas promessas dos burocratas do poder, não ganhamos
mais que violência física e moral, cotidianamente, e vítimas
brutais, como Santiago Andrade!
Assim,
entendemos que o principal responsável por este acidente é o
próprio Estado que nos força a deixar nossas casas e exigir nossos
direitos nas ruas, e nelas enfrentar a truculência deste Estado
personalizado na força policial, na qual não deveriam jamais usar
armas contra a população e assim a população não precisaria
reagir contra ela.
Não
suportaremos mais viver nessa “terra-de-alguém”. Onde alguém
rico, por de trás de instituições, gestione contra a população.
Concentração de renda, carestia, precariedade nos serviços
públicos, gás lacrimogênio, balas de borracha, espancamentos,
prisões arbitrárias, júris comprados, mídia tendenciosa e ainda a
inversão do mérito, como se nós fôssemos os assassinos
premeditados.
De um
lado temos populares com materiais artesanais, com pouca ou nenhuma
técnica e aprimoramento, e de outro lado, velhacos oficialmente
armados com material bélico, cientes do efeito das suas armas sobre
a população marginalizada.
Deixemos
bem claro a quem deseja nos criminalizar: a rua não se calará!
* Em
solidariedade *
-
Amarildo Dias de Souza – Desaparecido entre os dias 13 e 14 de
julho de 2013, após a operação batizada de Paz Armada que
mobilizou 300 policiais na Rocinha, RJ.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Amarildo
-
Giuliana Vallone, de 18 anos espancada por policiais e logo após
atropelada por uma motocicleta da polícia em 25/01/14, após a
manifestação realizada na região central de São Paulo
http://videos.r7.com/jovem-e-atropelada-e-agredida-por-policiais-em-
sp/idmedia/52e8c7ea0cf2401273d29912.html
-
Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, a ser
ferido por dois disparos feitos por policiais militares, durante o
protesto contra a Copa do Mundo que aconteceu no sábado 25/02/14.
Ele foi internado em coma induzido.
http://noticias.r7.com/sao-paulo/versao-da-policia-esta-estranha-diz-advogado-sobre-caso-de-manifestante-baleado-em-sp-27012014
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